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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Palácio Nacional da Pena (Sintra)" - 02/09/2018

O chalé foi mandado construir entre 1864 e 1869, por Fernando II e sua segunda esposa, Elise Hensler, Condessa de Edla, numa área de oito hectares a oeste do Parque da Pena. Concebido como um refúgio de lazer, foi edificado segundo o modelo dos Chalés Alpinos, então em voga na Europa, e atendendo às origens da própria Condessa. Inscreve-se em um jardim onde se destaca uma área com pedras graníticas de grandes dimensões.

Após a queda da monarquia portuguesa (1910), o conjunto conheceu o abandono e a falta de manutenção, situação que culminou, em 1999, com um incêndio criminoso que destruiu boa parte do interior do chalé. O processo de recuperação iniciou-se com a constituição da empresa Parques de Sintra - Monte da Lua, com projeto do arquiteto José Maria Lobo de Carvalho, e custou 1,5 milhões de Euros (dos quais 840 mil, em 2007, de fundo comunitário europeu "EEA-Grants").

Em pedra e cal, o revestimento exterior simula madeira, um "fingimento" comum no final do século XIX. Para reconstrução do redilhado de cortiça que reveste o exterior (beirais decorativos, cunhais, molduras de portas e janelas), foram empregadas duas toneladas de cortiça virgem.

Para a recuperação do jardim, foram utilizadas coleções de camélias e azaléas. Para valorização do conjunto de blocos de granito, foram abertos caminhos e instalados bancos. Concluído o trabalho da primeira etapa da intervenção de restauro, que recuperou toda a fachada e estrutura do edifício o conjunto foi reaberto à visitação pública em maio de 2011.

Os últimos Reis que habitaram o Palácio foram D. Maria II e Fernando II Reinado de 1834 a 1853; D. Pedro V e Dona Estefânia Reinado de 1853 a 1861; D. Luís I e Dona Maria Pia Reinado de 1861 a 1889; D. Carlos I e Dona Amélia Reinado de 1889 a 1908; D. Manuel II de Portugal Reinado de 1908 a 1910. O Palácio e o Parque foram idealizados e concretizados como um todo. Do Palácio, o visitante avista um manto de arvoredo que ocupa mais de 200 hectares e constitui o Parque da Pena.

Este tem diversos percursos e passeios, com inúmeras construções de jardins, pontes, grutas, bancos de jardim, pérgulas e fontes. Nele existem pequenas casas onde se alojavam guardas e elementos da criadagem, estufas e viveiros com camélias, rosas, de cepas invulgares e raras, e obras de arte como a estátua do guerreiro, de Ernesto Rusconi, que se avista do Palácio. Os lagos próximos à saída para o Castelo dos Mouros são igualmente pitorescos e aprazíveis, envolvidos por um imenso tubo de fetos arbóreos.