Logo Lusanet
  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

Manuel Teixeira Gomes 7º Presidente de Portugal - 12/06/2016

Nasceu a 27 de Maio de 1860, em Vila Nova de Portimão. Era filho de José Libânio Gomes e de Maria da Glória Teixeira Gomes. Além de proprietário abastado, o pai dedicava-se ao comércio de frutos secos em larga escala, sendo um homem muito viajado, instruído na França, onde assistiu à revolução de 1848, advogava princípios republicanos, chegando a ser cônsul da Bélgica no Algarve.

Teixeira Gomes casou com Belmira das Neves, oriunda de famílias modestas de pescadores e tiveram duas filhas. Morreu em 18 de Outubro de 1941, em Bougie, na Argélia. Foi educado pelos pais até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga em Portimão, onde estudou o ensino básico.

Aos 10 anos, como era uso nas famílias abastadas da época, é enviado para o Seminário de Coimbra, tendo por condiscípulo José Relvas. Aos 15 anos, matricula-se na Faculdade de Medicina daquela cidade. Desiste do curso, contrariando a vontade paterna, e instala-se em Lisboa onde frequenta a Biblioteca Nacional e se torna amigo de João de Deus e de Fialho de Almeida.

Após cumprir serviço militar, vai viver no Porto, onde acamarada com Sampaio Bruno, Basílio Teles, Soares dos Reis e outros. Com Joaquim Coimbra e Queirós Veloso publica o jornal de teatro Gil Vicente, colaborando no 1º de Janeiro e na Folha Nova.

Cansado da estúrdia, regressa a Portimão reconciliando-se com a família. Entretanto, em 1891, o pai formara, com outros sócios, uma sociedade intitulada "Sindicato de Exportadores de Figos do Algarve", que durou três anos. Manuel foi encarregado de encontrar mercados na França, na Bélgica e na Holanda. Viaja então imenso, visita a Europa, demorando-se na Itália.

Alarga o seu campo cultural, andando na África do Norte e Ásia Menor. Dissolvida a sociedade, pai e filho continuam o negócio agora por conta própria. Em breve, o êxito motiva o alargamento do mercado pelas novas áreas que, embora já reconhecidas anteriormente, isto é, Norte de África e Próximo Oriente, o obrigam a viajar nove meses por ano, regressando a Portugal só para estar presente durante a campanha do figo.

A partir de 1895, estabelece novos contactos com os meios literários de Lisboa. Por intermédio de Fialho de Almeida conhece Marcelino Mesquita, Gomes Leal e outros. Alfredo Mesquita, Luís Osório e António Nobre entusiasmam-no para a publicação da sua primeira obra “O Inventário de Junho”, que aparece a público em 1899.

Mais tranquilo, dispondo de mais tempo, pois a idade avançada de seu pai obriga-o a estadas maiores em Portimão, publica “Cartas sem Moral Nenhuma” e “Agosto Azul”, em 1904, “Sabrina Freire”, em 1905, “Desenhos e Anedotas de João de Deus”, em 1907 e “Gente Singular”, em 1909.