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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Castelo da Lousã" - 06/06/2021

Afirma-se que a rainha Dona Mafalda de Saboia aqui vinha passar o Verão com a sua corte. Dom Sancho I de Portugal confirmou o foral à vila em 1207. Sob o reinado de Dom Dinis I de Portugal, uma carta de doação passado pelo soberano a favor de um dos seus filhos ilegítimos, João Afonso, com data de 1313, discrimina as vilas de “Arouci”, “Lousã” e “Azor”. Datará de algum momento, no século XIV, a construção da torre de menagem do castelo.

Sob o reinado de Dom Manuel I de Portugal a Lousã recebeu o Foral Novo em 1513, nele se referindo a mudança da povoação: “Por algumas sentenças e determinações que com os do nosso Concelho e Letrados fizemos, acordamos visto o Foral da dita Vila dado por El-Rei Dom Afonso Henriques que nossas rendas e direitos se devem aí de arrecadar na forma seguinte:

Mostra-se pelo dito foral ser a dita vila dada então ao concelho de Arouce que depois se chamou a foz de Arouce a qual povoação se depois mudou na Lousã onde agora é”. Os domínios da Lousã e seu castelo foram senhorio dos duques de Aveiro até esta casa ser extinta em 1759 por Dom José I de Portugal (1750-1777), sob a acusação de conspiração e envolvimento no atentado à vida do soberano.

A partir de então, a ação do tempo, dos elementos, e dos caçadores de tesouros, causaram significativos danos ao monumento, inclusive ameaçando derruir a Torre de Menagem. Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, publicado no Diário do Governo n.º 136, de 23 de junho. A ZEP encontra-se definida por Portaria de 19 de fevereiro de 1971, publicada no Diário do Governo, II Série, n.º 64, de 17 de março.

A intervenção do poder público no monumento iniciou-se em 1925, quando teve lugar uma intervenção de conservação, seguida por pequena reparação em 1939 por parte da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Uma campanha mais extensa teve lugar entre 1942 e 1945, quando foram executados trabalhos de conservação e restauro, a que se seguiram outras, pontuais, nos anos de 1950, 1956, 1964, 1971 e 1985.

Encontra-se afeto à Câmara Municipal da Lousã, por Auto de Cessão de 10 de agosto de 1957. Em nossos dias o monumento encontra-se em relativo estado de conservação, enquadrado numa paisagem florestal que relembra os primórdios da nacionalidade.