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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Castelo de Leiria" - 06/03/2022

A Torre Sineira da Sé, em estilo barroco, ergue-se sobre uma das antigas torres medievais da Porta do Sol. Por volta de 1546, procedeu-se ao seu alargamento e reforma, e aproveitou-se a porta do castelo para instalar a casa do sineiro. Posteriormente, durante o episcopado de Dom Miguel de Bulhões adquiriu a forma atual apresentando no coruchéu o brasão deste bispo.

Comporta seis sinos fabricados, em 1800, pelo mestre-fundidor João Craveiro de Faria. É quadrangular e no topo é constituída por uma pirâmide, tendo no topo um anjo como cata-vento. Em tempos funcionou como prisão e ao lado era a polícia.

As Portas do Norte, ou dos Castelinhos, marcam o início das muralhas românicas de Leiria que envolviam um perímetro de cerca de 5 hectares para Norte e Este. Anteriores a 1152, davam acesso à desaparecida igreja paroquial de Santiago e à Ponte Coimbrã.

São compostas por duas quadrigas de vigia e uma barbacã em cujo pórtico se inscreve um dos brasões mais antigos do concelho de Leiria (século XIV), no qual se observa, em torno de um castelo, dois pinheiros encimados por corvos, simbolizando a lenda da fundação de Leiria por Dom Afonso Henriques.

O Antigo Paço Episcopal, hoje ocupado pela PSP, constitui um significativo exemplar da arquitetura solarenga portuguesa do século XVII, destacando-se o portal e a janela nobre sobreposta. Ergue-se no sítio dos antigos Paços Régios de São Simão onde residiram, entre outros, Dom Afonso III, Dom Dinis, a Rainha Santa Isabel e Dom Fernando. Foi neste local onde ocorreram as Cortes de 1254.

A Igreja de São Pedro, em estilo românico coimbrão (cabeceira) e meridional (pórtico), foi edificada em calcário e alvenaria, apresentando figurações escultóricas românicas ao nível dos cachorros e dos frisos decorativos das arquivoltas. Serviu como catedral da cidade desde meados do século XVI e até a conclusão da atual Sé de Leiria, em 1574. Foi igreja paroquial e passou por algumas reformas nos séculos XVII e XVII. No século XIX chegou a ser usado como teatro, celeiro e até prisão.