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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Castelo de Pirescoxe" - 18/09/2022

O Castelo de Pirescoxe, também referido como de Pirescouxe, localiza-se na aldeia e povoação de Pirescoxe, na freguesia de Santa Iria de Azóia, concelho de Loures, no distrito de Lisboa, em Portugal. Erguido em posição dominante sobre uma espécie de promontório de onde se descortina o curso do rio Tejo, trata-se, na realidade, de uma mansão senhorial, acastelada, típica da nobreza de Portugal em finais da Idade Média.

Não se conhece, com segurança, a origem da toponímia, que alguns afirmam ligar-se ao nome de Pero Escouche (provavelmente Pedro Pais da Silva, chamado Pedro Pais Escachia ou simplesmente Pedro Escachia) e, outros, a um indivíduo de apelido Pires, que coxo, era conhecido como "Pires Coxo".

O chamado Castelo de Pirescoxe remonta ao século XV, quando, em 1442, Nuno Vasques de Castelo Branco e sua mulher Joana Juzarte, instituíram um Morgadio neste local, até então uma quinta da família. Fizeram erguer, desse modo, um paço, monumentalmente acastelado, para a sua residência.

Após uma reformulação dos espaços em seu interior no século seguinte, com o falecimento de Dom Pedro de Castelo Branco da Cunha, 12.º Senhor de Pombeiro, que nasceu em 1620 e faleceu em 1675, e recebeu de Dom João IV de Portugal o título de 1.º Visconde de Castelo Branco, a 25 de Setembro de 1648 e, posteriormente, de Dom Afonso VI de Portugal, o de 1.º Conde de Pombeiro.

A 6 de Abril de 1668, Comendador da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, Capitão da Guarda do Príncipe do Brasil Dom Teodósio de Bragança, o herdeiro de Dom João IV de Portugal, extinguiu-se a linhagem dos de Castelo Branco. Finado o derradeiro proprietário do paço, o imóvel veio a conhecer o abandono, caindo em ruínas.

O conjunto encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo decreto n.º 44.075, publicado no Diário do Governo n.º 281, I Série, de 5 de Dezembro de 1961. A partir de 2001, por iniciativa da Câmara Municipal de Loures, com a colaboração do então IPPAR (Instituto Português do Património Arquitetônico), desenvolveu-se um extenso projeto de consolidação, recuperação e revitalização do conjunto, requalificado como espaço cultural.