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  Confira mais um capítulo da História de Portugal

Por: Nelson de Paula.

"Castelo de Redondo" - 14/01/2024

O Castelo apresenta dois cubelos flanqueantes, o corpo do relógio e a torre sineira, vão de acesso ao exterior em arco de volta perfeita, encimado por um relevo em argamassa caiada formando um arco trilobado lanceolado em cujo tímpano se insere o brasão de armas da família Coutinho com cinco estrelas de cinco pontas ladeado por colunas, decorado com dois cordões separados que pendem um para cada lado, formando nós.

Acima da pedra de armas, encontra-se uma grelha de ventilação de secção retangular, em losangos, encastrada na parede. Os cubelos que flanqueiam a porta têm uma altura aproximadamente igual à da cerca e estão desprovidos de ameias. No topo do conjunto da porta, acima e à direita da grelha, eleva-se um corpo rebocado que enquadra um relógio circular com numeração romana.

Por trás desse corpo, sobre o adarve, surge uma torre sineira de planta quadrada, coberta por abóbada hemisférica, caiada de branco, com coruchéu piramidal quadrangular e cata-vento, circundados por quatro pináculos em forma de urna. Encontram-se aqui três sinos do séc. 19, que se podem ver através de olhais em arco de volta perfeita nas faces sul, leste e oeste da torre. A passagem das portas é coberta por abóbada de aresta de perfil largo.

Portal no lado intramuros em arco rebaixado precedido, ainda no interior do túnel, por arco quebrado em alvenaria. O acesso ao topo é feito por uma porta junto à torre cilíndrica norte, do lado intramuros, subindo-se um duplo lance de escadas paralelo ao muro, com degraus cobertos por lajes de xisto. Um pouco mais elevado está o acesso à parte superior da torre sineira e da torre circular sul, no parapeito da qual se encontra um relógio de sol em mármore.

É possível, a partir desta área, aceder também ao topo da torre norte, onde se encontram dois pequenos terraços de onde se avistam bastante próximos o telhado do antigo celeiro comum (atual Enoteca), adossado à torre e, na zona extramuros, a igreja matriz.

O corpo que une as duas torres sobre a porta é constituído por uma dependência de planta retangular coberta por três tramos de abóbada de aresta com perfil em arco de volta perfeita, incluindo uma porta na face leste e o postigo (que dá o nome a esta porta da muralha) na face oeste. Na área sul da sala, encontra-se uma abertura no teto e outra no chão, por onde passam os fios do mecanismo dos sinos.