Por: Nelson de Paula.
"CASTELO DE CASTELO RODRIGO" - 19/10/2025
O Castelo de Castelo Rodrigo localiza-se na vila e Freguesia do mesmo nome, Município de Figueira de Castelo Rodrigo, Distrito da Guarda, em Portugal. Em posição dominante sobre a ribeira de Aguiar, ao sul da planície de Ribacôa, constituía-se em local de passagem para os peregrinos que, da Beira Baixa, se dirigiam a Santiago de Compostela pelo caminho que, na Idade Média, ia da Guarda a Barca d’Alva.
Eles encontravam abrigo no vizinho Convento de Santa Maria de Aguiar. Atualmente os muros do castelo envolvem a povoação, integrante do Programa Aldeias Históricas. As muralhas do Castelo de Castelo Rodrigo estão classificadas como Monumento Nacional desde 1922.
Embora a tradição refira que a primitiva fundação de Castelo Rodrigo se prende aos Túrdulos, por volta de 500 a.C., posteriormente mantida como um ópido pelos Romanos, a recente pesquisa arqueológica não autoriza essas suposições. Do mesmo modo, não há dados mais concretos sobre uma posterior ocupação pelos Suevos ou pelos Visigodos. Da época dos Muçulmanos, embora também não haja mais informações, subsiste uma cisterna com porta em arco de ferradura, na atual Rua da Cadeia.
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação foi conquistada por Afonso IX de Leão (1188–1230). Este soberano fez erguer o primitivo castelo, que integrava a linha defensiva que então implantou no Ribacôa, juntamente com o Castelo de Alfaiates, o Castelo de Almeida, o Castelo Bom e o Castelo Melhor.
Essa defesa deveria estar concluída ou em fase bastante adiantada em 1209, quando foi criado o Concelho Perfeito de Castelo Rodrigo e a povoação recebeu o primeiro foral. A toponímia provém do nome do senhor de seus domínios, o conde Rodrigo Gonçalves Girão, responsável pelo repovoamento e defesa da região à época.
O território de Ribacôa foi disputado ao reino de Leão por D. Dinis ao final do século XIII, tendo a sua posse definitiva para Portugal ficado assegurada pelo Tratado de Alcanices (12 de setembro de 1297). O soberano português, a partir de então, procurou consolidar-lhe as fronteiras, fazendo reedificar o Castelo de Alfaiates, o Castelo de Almeida, o Castelo Bom, o Castelo Melhor, o Castelo Mendo, o Castelo Rodrigo, o Castelo de Pinhel, o Castelo do Sabugal e o Castelo de Vilar Maior.